quinta-feira, 17 de março de 2016

Estética X Tecnologia nas camisas de futebol

   Nesta semana a Nike está lançando vários uniformes de suas seleções, incluindo a nova camisa do Brasil. Todas elas têm algo em comum: o mesmo template aparentemente simples que estreou ano passado na camisa 3 do PSG, o que desagradou muitos entusiastas de camisas de futebol (eu incluso).


   Porém, por trás desse desenho simples e cansativo, a empresa americana investiu numa tecnologia nova em matéria de uniformes futebolísticos: chamada de Aeroswift, com o tecido em formato de "armadura" em algumas partes da camisa, ajuda a ventilação. Alguns comentários maldosos feitos na internet disseram que o desenho parece um "sutiã por baixo da indumentária", como se pode observar nas camisas da França abaixo (fotos retiradas do excelente site uruguaio Todo Sobre Camisetas)


  
   E não para aí. As mangas e os ombros das novas camisas receberam uma tecnologia já utilizada nas chuteiras e tênis: chamado de Flyknit, tecido leve que se adapta facilmente ao corpo do jogador. Até alguns pormenores das novas camisas estão costuradas com a nova tecnologia, como se pode ver no uniforme da Inglaterra abaixo:








   Mas a questão é: será que vale a pena investir tanto em novas soluções e deixar o design de lado? A maior crítica a ser feita a nova linha da Nike para seleções, sem dúvidas, é a padronização extremamente excessiva das camisas. Coisa que a empresa americana já fez anteriormente com a linha Total 90, investindo num desenho extremamente polêmico dando destaque maior à nova tecnologia da marca. O uniforme canarinho da Seleção Brasileira de 2004 é tido por muitos como o mais feio de todos os tempos, usando o padrão que todas as seleções da Nike usaram naquele ano (com a infame numeração dentro do círculo).




   Porém, a marca do Swoosh fez alguns acertos usando o novo desenho. E foi justamente nas seleções menos privilegiadas de seu catálogo. A Turquia ganhou um uniforme muito bonito. E a Croácia está com uma nova versão de sua tradicional camisa quadriculada que realmente ficou interessante. Nota-se que nenhuma das duas seleções está usando a tecnologia nova, apesar de usarem o mesmo template que as outras.







  Voltando a falar sobre as novas tecnologias, ressalta-se também o preço proibitivo que as versões de jogador das camisetas terão nas lojas. A camisa do PSG citada no começo da postagem custa R$ 399,90. E as versões Stadium, ou seja, as famosas versões para torcedor, não serão muito fiéis aos uniformes originais, já que recursos como as "listras" nas mangas da camisa reserva da França são feitos com o próprio tecido, e na camisa de torcedor será um efeito estampado. Mesmo assim, poucos deverão comprar os modelos com as tecnologias novas apresentadas pela marca. Será mesmo uma boa aposta da Nike novamente? O futuro dirá.

Um comentário:

  1. Não gostei desses novos uniformes produzidos pela Nike. Acabou desfigurando algumas características das camisas de algumas seleções

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