segunda-feira, 25 de novembro de 2013

BOMBA [Parte 2] - Camisas do Centenário do Palmeiras

É, parece que alguém conseguiu flagrar os principais lançamentos da Adidas para os clubes brasileiros em 2014. Depois da camisa titular do Flamengo, vazaram fotos no YouTube de uma suposta camisa titular do Palmeiras para o ano do Centenário do clube, além de uma camisa azul (provavelmente o 3o uniforme - ou o 4o, já que a camisa "Brasil" será utilizada ano que vem) e uma camisa de goleiro. Eis as fotos:


Essa camisa provavelmente deverá ser a titular do Alviverde em 2014. Parece ser apenas um protótipo, assim como as camisas do Flamengo que foram publicadas no post anterior. Mas nota-se a Cruz de Savóia como escudo principal (assim como na camisa 3 azul de 2009). A listra branca no meio da camisa remete aos uniformes da época do Palestra Itália, que também tiveram reedições no fim dos anos 90 pelas mãos da Rhumell e da Reebok, como nas fotos abaixo:






O template usado nesse suposto uniforme titular novo é familiar. Afinal, vazou na ilustração que mostra a nova camisa reserva da Alemanha (que será lançada em Fevereiro próximo). As listras verticais nas laterais da camisa e a gola são iguais!




A outra camisa é azul-claro com detalhes dourados, fazendo referências claras à Itália. A gola pólo é igual a da camisa do Flamengo que foi vetada. E há detalhes com as 3 cores da bandeira italiana na parte de dentro dela.




Além disso, nesta camisa pode-se ver que há um belo selo comemorativo ao Centenário do time da Barra Funda. Provavelmente estará na versão definitiva da camisa.


Por último, vazou uma suposta camisa de goleiro, também apresentando o símbolo do Centenário e a sigla de "Palestra Itália" sem o círculo. Possui um desenho curioso, lembrando as antigas camisas de goleiro dos anos 90.




E então? O que acharam dos supostos novos uniformes do Palmeiras? Estarão bem-vestidos para comemorar suas cem primaveras?

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domingo, 24 de novembro de 2013

BOMBA! - Camisa vetada do Flamengo para 2014

O pessoal sabe que esse blog é dedicado as camisas da minha Mantoteca, que já estiveram por aqui... mas porque não falar das camisas que provavelmente farão parte da Mantoteca? É o caso dessa camisa do Flamengo, que vazou numa comunidade do Orkut (ele ainda existe!).






Pois é. Não se trata de camisa fake. Olhem a camisa da Colômbia e da Rússia para a Copa de 2014, em imagens abaixo:


O template das 3 camisas é exatamente IGUAL, só muda a gola. Até o detalhezinho nas mangas está presente nas 3 camisas, sendo que no uniforme russo forma a bandeira do país. Abaixo a foto da parte de trás da camisa rubro-negra:



Pois é. Exatamente o desenho das camisas acima, até a listra na parte de trás que atravessa os ombros está presente. E a numeração é exatamente a mesma da nova linha, olhem nessa foto da nova camisa da Alemanha (por acaso foi a minha última aquisição, só que peguei sem número):



Só que há um detalhe: essa camisa não será usada pelo Flamengo em 2014, mesmo sendo original. O motivo? Os detalhes dourados desagradaram os dirigentes rubro-negros e foram substituidos, de acordo com que o Globoesporte.com e o LanceNET já noticiaram. Resumindo: a camisa titular do Fla ano que vem será muito parecida com a das fotos, apenas trocando as listras douradas por listras vermelha e a cor do logo da Adidas e do Flamengo por branco.

Eu particularmente gostei dessa camisa vetada. Mas a versão aprovada também ficará muito bonita. Será mais uma camisa do Flamengo na minha Mantoteca!

Abraços!

POST DE HONRA DUPLO - França e Croácia, rumo ao Brasil! (PARTE 2)

Olá meu povo!
Chego aqui com a 2a parte desse Post de Honra, que homenageia duas das seleções que se classificaram nesta última semana para a Copa do Mundo de 2014: França e Croácia. Sobre os franceses, tudo já foi dito na parte 1. Agora, é hora de tirar do armário da Mantoteca uma das camisas mais emblemáticas do futebol: o uniforme da Croácia!





"Toalha de piquenique", "pano de restaurante italiano", entre outros apelidos, a camisa croata tem esse peculiar desenho quadriculado em homenagem ao brasão de armas do país. O desenho xadrez era utilizado como símbolo dos antigos reis croatas, datando supostamente da Idade Média. E, ao contrário do que alguns pensam, esse não foi sempre o uniforme principal da Seleção Croata. Entre 1940 e 1944, período da 2a Guerra Mundial, a Croácia esteve brevemente separada da Iugoslávia, e chegou a ter uma seleção reconhecida pela FIFA. O uniforme daquela época era vermelho com calções brancos e meiões azuis, e como a guerra não possibilitou que torneios internacionais fossem realizados naquela época, a participação dessa seleção croata apenas limitou-se aos amistosos.

A Seleção Croata voltaria à ativa em 1991, ano em que a sangrenta Guerra dos Bálcãs estava em curso. Enquanto uma triste batalha devastava o país, o time da Croácia voltava à ativa, com alguns jogadores que defenderam a Iugoslávia na Copa de 1990. Já naquele ano de 91 o time adotava o uniforme quadriculado como sua camisa titular. E no ano seguinte, a Croácia se afiliava a FIFA e a UEFA. Ficaria de fora das eliminatórias para a Copa de 1994, porém, já poderia disputar as eliminatórias para a Euro de 1996, onde conseguiriam qualificar-se. A triste guerra findava-se em 1995, mas até hoje a rivalidade entre croatas e sérvios por causa do conflito ainda é imensa.



Acima, pode-se ver o uniforme croata utilizado na Euro 1996, fornecido pela Lotto. No torneio, disputado na Inglaterra, não só a extravagância da camisa como também uma surpresa futebolística seriam conhecidas pelo Mundo.A Croácia conseguiu passar pela fase de grupos e caiu nas quartas para a Alemanha, perdendo de 2x1. O time germânico "apenas" seria campeão daquele torneio. Mas o melhor ainda estava por vir. Contando com Davor Suker, Zvonimir Boban, Robert Prosinecki (esses 3 já tinham defendido a Seleção da Iugoslávia, sendo que o último chegou a jogar na Copa de 1990) além de outros bons jogadores como os zagueiros Tudor e Simic, os croatas chegaram até a Copa de 1998 na França. E não foram só passear. Fariam história, depois de aplicarem um histórico 3x0 na Alemanha nas quartas, parando só nas donas da casa, quando foram derrotados com dificuldade pela França de Zidane por 2x1. A Croácia, após vencer a Holanda de Kluivert, Seedorf, Davids, Bergkamp e outros tantos jogadores destacados por 2x1, ainda colocaria seu nome como a 3a melhor seleção daquela Copa. E Suker ainda terminaria como artilheiro da competição, com 6 gols marcados. A camisa utilizada pelo time croata naquele histórico ano de 98 é, na minha opinião, a mais bonita de todas. O quadriculado segue um padrão diferente, como se fosse uma bandeira tremulando. É um manto que um dia ainda estará nos armários da Mantoteca! Abaixo, uma foto de Suker utilizando a camisa no jogo contra a França.




Porém, depois do ano inesquecível de 1998, a Croácia ganhou o indesejado status de "eterna promessa".  Muitos esperavam a volta daquele time para a Euro 2000, mas falharam ao se classificar. Muitos jogadores daquele time de 1998 começavam a se aposentar, e mesmo chegando novamente no Mundial de 2002, não conseguiram passar pela fase de grupos, nem mesmo depois de uma vitória sobre a Itália (que foi vice na Euro 2000) por 2x1. Foram para a Euro 2004 em Portugal, caindo num grupo com Suíça, França e Inglaterra. Conseguiram empatar com os franceses por 2x2, mas perderam para os ingleses por 4x2. Como haviam empatado com os suíços, novamente ficaram na fase de grupos. Conseguiram ir para a sua 3a Copa do Mundo consecutiva, um fato por si só histórico. Mas o vexame seria o mesmo. Caiu num grupo com Brasil, Austrália e Japão. A derrota para o Brasil foi normal, já que a Seleção Brasileira era a maior favorita daquela Copa (essa é uma outra história, para outro post). Mas os empates com o Japão comandado por Zico e com a Austrália mandariam os croatas novamente mais cedo para casa. Abaixo, uma foto da Croácia de 2006 jogando contra o Brasil de Adriano Imperador.


Em 2008, ano da próxima Eurocopa, fariam 10 anos daquela campanha inesquecível da Copa de 1998. Por isso, era essencial para os croatas classificarem-se para o torneio. Nas Eliminatórias, caíram num grupo onde também estava a Inglaterra, carrasca da Euro 2004. Mas dessa vez a história foi diferente: os croatas só perderam um jogo das Eliminatórias (contra a Macedônia) e venceram a Inglaterra dentro de Wembley, também derrotando os britânicos jogando em casa. As derrotas da Inglaterra custaram caro: a Rússia acabou entrando no torneio no lugar do "English Team".






Aqui está a foto da parte de trás da camisa da Croácia pertencente à Mantoteca. Pode-se notar que na gola está escrito "Hrvatska", que é o nome do país em servo-croata. E com essa camisa, os croatas disputariam a Euro 2008. A Nike entrou no lugar da Lotto em 2000 e até hoje é a fornecedora oficial da Seleção Croata. Essa camisa estreou num amistoso contra a Escócia em Glasgow. O resultado foi apenas um simplório 1x1


O primeiro desafio croata na Euro 2008 não seria fácil. Aquela era a segunda Eurocopa da história a ter duas sedes (a primeira foi a de 2000, com Holanda e Bélgica). Dessa vez, os anfitriões eram Áustria e Suíça. E seria contra os austríacos em Viena o primeiro desafio croata em busca de se livrar de vez da farda de "eterna promessa". A Croácia contava com jogadores como o meia Srna, o veterano Niko Kovac (que só não esteve naquele time de 1998 porque se lesionou às vésperas da Copa), além de Luka Modric e o atacante Ivica Olic (muito conhecido na Alemanha, por ter defendido times como Hertha Berlim, Hamburgo, Bayern de Munique e atualmente o Wolfsburg). E ganhou por 1x0, depois de um gol de pênalti de Modric logo no começo da partida.


O segundo jogo seria muito difícil. Afinal, encarar a Alemanha nunca é fácil. Ainda mais quando ela conta com jogadores como Lahm, Schweinsteiger, Ballack, Podolski, Mario Gomez, Klose e outros nomes. Mas assim como 10 anos antes, a Croácia surpreendeu os alemães, abriram 2x0 com Srna e Olic e deixaram Lukas Podolski fazer o gol germânico depois. O placar final de 2x1 praticamente assegurava a Croácia na fase de mata-mata.


Ainda havia o último jogo da fase de grupos, que para a Croácia apenas serviria como cumprimento de tabela. Mesmo assim, os croatas mantiveram o 100% de aproveitamento e ganharam da Polônia por 1x0, gol do atacante Klasnic. Parecia que a Croácia dos bons tempos estava de volta.


A fase de quartas-de-final reunia um duelo entre duas seleções que surpreenderam o Mundo nos últimos 10 anos. De um lado, a Croácia, 3o lugar na Copa de 1998. Do outro, a Turquia, 3o lugar na Copa de 2002. Enquanto a Croácia classificou-se de forma fácil para a 2a fase da Euro, a Turquia passou por uma situação mais complicada. Estreou perdendo de 2x0 para o Portugal de Felipão e Cristiano Ronaldo, venceu a outra anfitriã Suíça de virada, graças a um gol aos 47 do segundo tempo de Arda Turan, e fez uma partida histórica contra a República Tcheca: após sair perdendo por 2x0 até os 30 do segundo tempo, conseguiu virar o jogo em 14 minutos e classificar-se para a fase final. A Croácia entrou como favorita pela campanha, mas a Turquia havia mostrado nos dois últimos jogos que seria capaz de encarar qualquer obstáculo para passar de fase.

O jogo foi no palco que depois sediaria a final do torneio, o Estádio Ernst-Happel, em Viena. Mas apenas um daqueles times poderia jogar lá no dia 29 de Junho de 2008, a data marcada para a finalíssima. Ao contrário da expectativa geral, o jogo foi morno, terminando 0x0 no tempo normal. Mas a prorrogação valeria mais até do que o preço dos ingressos. Os 30 minutos extras foram disputados de uma forma emocionante, com o gol de Klasnic saindo aos 14 do 2o tempo da prorrogação. A Croácia estava a apenas um milímetro da classificação para as semis, se não fosse pelo gol de Semih Senturk no último minuto de acréscimo daquele tempo extra. A Turquia do impossível havia empatado o jogo, e mandou a decisão daquela partida que começou fria e terminou fervendo para a disputa de pênaltis.

A Croácia entrou para a disputa de pênaltis visivelmente abatida por causa do gol sofrido no apagar das luzes. Modric, que havia feito o 1o gol croata na competição (de pênalti), mandou sua cobrança pra fora. Arda Turan não perdoou e abriu 1x0 na disputa. Logo depois, veio Dario Srna e empatou. Entretanto, Semih, o autor do gol que levou a disputa para as penalidades, marcou de novo. Restava a Rakitic manter a Croácia viva, mas assim como Modric, bateu mal e a bola foi pra fora. Hamit Altintop aproveitou a chance que o croata lhe deu e marcou a 3º cobrança da Turquia. Agora a Croácia dependia apenas de acertar seu chute para manter-se viva. A responsabilidade caiu nos pés de Petric que, aparentemente abatido, foi até a marca do pênalti. Bateu fraco, no meio do gol, facilitando a defesa de Rustu (sim, o mesmo goleiro da Copa de 2002, que tinha o hábito de pintar o rosto como um guerreiro antes das partidas). Turquia classificada. A Croácia, de forma dramática, dizia adeus à Euro 2008.



A Turquia enfrentaria a Alemanha na semifinal, a mesma Alemanha que havia sido vencida pela Croácia na fase de grupos. Pela quarta vez seguida, a Turquia fazia um jogo emocionante, saindo na frente no placar e permitindo a virada alemã. Aos 41 do 2o tempo a Turquia ainda empataria novamente o jogo, mas Philipp Lahm não permitiu que os turcos levassem mais um jogo para a prorrogação, fazendo o gol da vitória aos 45 da etapa final. A final acabou sendo entre Alemanha X Espanha, num jogo que não foi tão emocionante quanto se esperava. Vitória espanhola por 1x0, gol de Torres, e iniciava-se uma hegemonia da Espanha que chegaria a níveis mundiais. Mas isso é para outro post.

Após o fracasso da Euro 2008, a Croácia agora só podia pensar em ir para sua 4a Copa do Mundo consecutiva. A campanha no torneio, apesar da eliminação doída, mostrava que os croatas poderiam ir para a África do Sul e tentar surpreender o mundo, assim como em 1998. Nas Eliminatórias, caiu num grupo com a insignificante Andorra, as fracas seleções do Cazaquistão e Bielorrússia, além da Ucrânia, que não estava num bom momento e da Inglaterra. A mesma Inglaterra que a Croácia tirou da Euro 2008. O sonho de voltar ao Mundial era real.

Ainda em Setembro de 2008, a Croácia estreava com uma vitória de 3x0 sobre o Cazaquistão, com gols de Kovac, Modric e Petric. Mas ainda naquele mês, o sinal amarelo seria ligado: a Inglaterra entrou mordida contra os croatas e goleou em plena Zagreb por 4x1, com 3 gols de Walcott. A derrota em Wembley ainda era recente demais para ser esquecida.


Um mês depois, a Croácia voltava aos campos para enfrentar a Ucrânia em Kharkhiv. Mas o jogo não passou de um morno 0x0. Enquanto isso, a Inglaterra isolava-se na liderança do grupo e a Ucrânia continuava na frente da Croácia na classificação, o que eliminava os croatas da Copa. O jogo seguinte era obrigação ganhar, em casa contra a fraca seleção de Andorra, no final 4x0 para a Croácia.

As eliminatórias voltariam a ser disputadas em Abril de 2009, e novamente o adversário era Andorra, fora de casa. Mais uma vitória croata por 2x0, com gol de Eduardo da Silva, o carioca naturalizado croata que voltava ao time após de se recuperar de uma grave lesão ocorrida em Fevereiro de 2008 quando atuava pelo Arsenal no Campeonato Inglês.

O jogo seguinte seria em Junho, contra a Ucrânia em casa. O resultado não foi nada animador, um empate em 2x2. Um dos gols ucranianos foi marcado pelo célebre centroavante Shevchenko. Em Agosto, a Croácia voltava a campo pelas eliminatórias, jogando contra a Bielorrússia fora. Abriu 3x0 e apenas levou um gol dos rivais nos 10 minutos finais. Isso ainda mantinha viva a esperança de se classificar, embora a Inglaterra estivesse cada vez mais isolada no grupo, garantindo a vaga direta. E a Ucrânia sempre ali, na briga pelo 2o lugar que poderia dar a vaga na repescagem.

 Um mês depois, bielorrussos e croatas voltavam a se enfrentar. E, jogando em casa, a vitória foi mais magra: 1x0 para a Croácia. Mas o que realmente interessava era o jogo que viria 4 dias depois. A Inglaterra de novo, Wembley de novo. Um milagre de novo?

A Inglaterra, novamente, massacrou a Croácia, soterrando de vez as lembranças daquele jogo decisivo nas eliminatórias da Euro 2008. 5x1, com dois de Lampard, dois de Gerrard e um de Rooney. O gol croata foi marcado pelo brasileiro Eduardo. E a Inglaterra continuava com 100% de aproveitamento nas eliminatórias, já classificada por antecipação para a Copa de 2010. A Croácia corria sério risco e já não dependia mais de si mesma, visto que a Ucrânia ainda tinha dois jogos por fazer. Para os croatas, era vencer o Cazaquistão e torcer para que a Ucrânia perdesse pelo menos um de seus jogos, o que não era impossível, visto que um dos adversários era a invicta Inglaterra.


Mas a Inglaterra, já classificada, perdeu para a Ucrânia. E definitivamente, os croatas estavam numa situação extremamente difícil. Além da vitória obrigatória sobre o Cazaquistão, ainda teriam que torcer para que a "poderosa" seleção de Andorra arrancasse um empate da Ucrânia para ir até a repescagem. Os croatas fizeram sua parte, ganhando de 2x1 dos cazaques em Astana. Mas a Ucrânia fez o óbvio: massacraram Andorra por 6x0, o que eliminava de vez a Croácia da Copa.

A Croácia ficava de fora de um Mundial pela primeira vez depois de 3 Copas. E a Ucrânia que tirou a vaga dos croatas na repescagem, também acabou ficando de fora. Conseguiu arrancar um empate contra a Grécia em Atenas, mas acabou sendo derrotada por 1x0 em Donetsk, o que classificou os gregos para seu 1o Mundial desde 1994.

Em 2010, a Nike aposentava a camisa utilizada na Euro 2008 e lançava um modelo interessante, com várias marcas d'água quadriculadas junto ao quadriculado normal. E a história dos croatas buscando seu lugar ao sol obviamente continuou. Terminaram em 2o nas eliminatórias para a Euro 2012, ganharam daquela mesma Turquia que os eliminou em 2008 por incríveis 3x0 fora de casa e segurando um 0x0 em casa, qualificando-se pela repescagem. Caiu num difícil grupo com Itália, Espanha e Irlanda. Ganhariam da Irlanda e empatariam com a forte Itália, mas a derrota para a Espanha por 1x0 eliminaria mais uma vez a Croácia na fase de grupos. A Espanha, Campeã Mundial em 2010, seguiu seu caminho e foi campeã novamente da Euro.

Nas eliminatórias para 2014, conseguiu ser 2o lugar num grupo onde tinha a Bélgica mais forte dos últimos 20 anos, a tradicional Escócia, o País de Gales de Ramsey e Gareth Bale, além da eterna arquirrival Sérvia. Foi para a repescagem contra a surpreendente Islândia, arrancou um empate em 0x0 fora e ganhou facilmente por 2x0 em casa, o que carimbou a passagem do time para a sua 4a Copa do Mundo.

E aí, será que os croatas surpreenderão no Brasil?



quinta-feira, 21 de novembro de 2013

POST DE HONRA DUPLO - França e Croácia, rumo ao Brasil! (PARTE 1)

Olá rapaziada...

O Blog tá bem parado. A vida nova no exterior também tem ajudado para que meu foco tenha se desviado em coisas mais importantes. Mesmo assim, não pretendo deixar a Mantoteca parada até porque ela só tá aumentando de tamanho, mais camisas guardadas, mais camisas vendidas, mais camisas compradas.

E se lá no começo de Setembro (data do último post) ainda não se conhecia muitas das Seleções que irão ao Brasil em 2014 para a próxima Copa do Mundo, hoje já temos o nome de todos os países que estarão no Mundial do ano que vem.

Nessa semana foram disputados os últimos jogos das repescagens. Destaque para as repescagens europeias, onde tivemos triunfos de seleções como Portugal e Grécia em cima de Suécia e Romênia, consecutivamente.

Mas por ora não tenho a indumentária da Seleção Lusa e nem dos gregos. Por isso, os homenageados serão os outros classificados da repescagem, a França e a Croácia! Admito que, pelo bem da alternatividade futebolística, torci pra Islândia aprontar pra cima dos croatas, mas não deu... enfim, se não teremos tantos times alternativos, 2014 promete um alto nível de torneio, mas isso é outra história.

Começaremos então a falar da França. E o uniforme escolhido é exatamente o que esteve nesta vitória importante contra a Ucrânia que carimbou o passaporte dos franceses para o Brasil. O uniforme titular de 2012/2013, um dos favoritos da minha coleção:






A Adidas forneceu por décadas o uniforme da Seleção Francesa. Aquela camisa de 1998, com uma listra horizontal vermelha no peito e 3 listras brancas finas horizontais abaixo, sempre nos remeterá Zinedine Zidane e o inesquecível 3x0 que os franceses aplicaram na nossa Seleção Brasileira. Mas, em 2010, a americana Nike fez uma proposta de contrato melhor que a dos alemães e acertou um contrato de fornecimento para os "Bleus" (azuis).



Acima, a França usando seu último uniforme da Adidas na Copa de 2010, onde fez uma participação medíocre e caiu ainda na 1a fase. O contrato com a Nike começaria a valer a partir de 2011. E o mundo inteiro estava curioso para saber como seria ver, depois de tanto tempo, uma camisa francesa sem as 3 listras nos ombros.


Então, em Fevereiro de 2011, o mistério acabou. A Nike lançou uma camisa simples, porém muito bela para os franceses, indo na contramão da Adidas, que nos anos anteriores lançou algumas camisas até extravagantes. A estreia foi contra o Brasil, que também estreava um uniforme novo (o da "barra de download" no peito), a França ganhou por 1x0 em Paris da polêmica Seleção de Mano Menezes.

Se a camisa titular foi uma surpresa, a reserva, na minha opinião, foi mais surpreendente ainda. Com um desenho fora do usual para uniformes de futebol, lembrando muito uma camisa casual, o uniforme 2 da França foi revelado. Baseado nas camisas antigas que os marinheiros franceses usavam, essa nova camisa alternativa francesa também foi um sucesso. Essa camisa da França é uma que está bem guardada na Mantoteca, e abaixo podem ver uma foto dela:


Há alguns anos atrás, era comum ver as seleções usando o mesmo uniforme por dois ou três anos. Mas desde o começo da década, muitos times nacionais começaram a trocar de camisa anualmente. A própria Seleção Brasileira é um exemplo, desde 2010 vem usando um uniforme diferente a cada ano que passa. Os dois primeiros uniformes da Nike para a França também só duraram um ano. Com a classificação da França para a Euro 2012, que foi disputada conjuntamente na Polônia e na Ucrânia, a Nike aproveitou e lançou novos uniformes.


O uniforme azul dessa vez já era mais detalhado que o anterior. Com as listras horizontais que remetiam à camisa reserva passada, ele ganhou dois tons de azul e detalhes em dourado no escudo. A gola também sofreu pequenas modificações. Mas o que desagradou mesmo foi o fato de que a camisa só seria usada com calção e meião azuis. A França sempre foi conhecida por usar a camisa azul, com os shorts brancos e as meias vermelhas, formando um kit tricolor com as cores do país. Mas, seguindo uma tendência monocromática que infelizmente vem ficando mais forte, os "Bleus" jogariam todos de azul na Euro.


A nova camisa branca ficou mais simples que a anterior, porém, não deixou a elegância de lado.


E vestindo estes dois uniformes mostrados acima, começava uma caminhada que atravessaria uma Eurocopa e chegaria até a classificação para a Copa de 2014. A camisa branca estreou antes, numa boa vitória sobre a Alemanha no território adversário por 2x1. E a nova camisa azul estrearia no amistoso seguinte, já em casa, contra a Islândia.



Antes da Euro começar, ainda restavam dois amistosos, contra a Sérvia e a Estônia, todos em território francês. Mais duas vitórias, completando uma boa série de 4 triunfos seguidos. Abaixo, vídeo do jogo contra os sérvios.


No dia 11 de Junho, a França estrearia na Euro enfrentando logo de cara um rival histórico: a Inglaterra. Porém, ao contrário da expectativa de muitos, o jogo foi um morno 1x1, embora os franceses tenham criado mais oportunidades


O próximo adversário da França, embora não tivesse a tradição dos ingleses, não poderia ser considerado fácil. Afinal, a Ucrânia estava jogando em casa, e Shevchenko mesmo no fim de carreira ainda representava perigo, tendo inclusive marcado 2 gols no 1o jogo da competição, contra a Suécia. Mesmo contra os donos do pedaço, os franceses não se intimidaram, e ganharam de 2x0, gols de Ménez e Cabaye.


No outro jogo, a Inglaterra ganhou da Suécia por 3x2, empatando com a França no número de pontos (4), e eliminando o time escandinavo da competição. A Ucrânia estava atrás, com 3 pontos. O jogo contra a Suécia prometia ser fácil pela situação que se esboçava. Mas não foi bem assim, Ibrahimovic resolveu desencantar e marcou dois gols, e a França perdeu por 2x0. Por sorte, a classificação já estava garantida. Enquanto isso, a Inglaterra tirava a Ucrânia da competição: 1x0.


A França estava nas quartas-de-final da Euro, perseguindo o Tricampeonato na competição (foi campeã em 1984 e em 2000) e tentando de vez se livrar da fase ruim que veio depois do Vice Mundial de 2006 (e da aposentadoria do ídolo Zidane). A missão não seria fácil, visto que do outro lado do campo estava a atual campeã europeia e campeã mundial: a Espanha.

Numa partida extremamente dominada pelo tiki-taka espanhol, impedindo a França de uma maior posse de bola, os espanhóis vingavam-se da eliminação para os franceses nas oitavas da Copa de 2006 ganhando por 2x0, dois gols de Xabi Alonso, sendo que o segundo gol já foi depois dos 45 minutos do 2o tempo. A França até teve chances de empatar, mas acabou sendo cansada pela tática adversária da posse de bola.



França eliminada da Euro. E o tricampeonato europeu foi para a Espanha, que derrubaria Portugal e Itália para ganhar a Europa pela 3a vez, sendo o 2o título europeu consecutivo, feito inédito na história da Eurocopa. Agora, restava entrar de cabeça nas Eliminatórias para a Copa de 2014, onde um de seus adversários seria nada mais, nada menos, do que a mesma Espanha que os tirou da Euro.

Antes de começar o caminho para o Brasil, a França duelou contra o Uruguai, que acabara de vencer a Copa América, depois de um jejum de 16 anos. O jogo em Le Havre terminou 0x0.

Chegou Setembro, e a França pegou o avião para Helsinque. O primeiro jogo do seu grupo das Eliminatórias foi contra a Finlândia. 1x0 para os franceses, gol de Diaby. Num grupo junto com a Espanha que papava todos os títulos que disputava, só mesmo vencendo o máximo possível para evitar o risco de repescagem.



 Ainda em Setembro, mais um triunfo francês, sobre a seleção da Bielorrússia. 3x1, gols de Capoue, Jallet e de Franck Ribéry.


Em Outubro, o duelo tão esperado: França X Espanha, apenas 4 meses depois do jogo da Euro. Mas antes disso, um amistoso nada agradável: derrota para o Japão em pleno Stade de France.




Depois da ducha de água fria, era hora de preparar-se para enfrentar a Espanha novamente. Jogando em território espanhol, os donos da casa abriram o placar com Sérgio Ramos, aos 25 do 1o tempo. Porém, aos 49 do 2o tempo, Giroud arranca um importante empate para os franceses. A briga para a vaga direta na Copa estava acirrada.


Os jogos das Eliminatórias agora só voltariam a ser disputados em 2013. Enquanto isso, ainda havia tempo para jogar o último amistoso do ano, contra a vice-campeã europeia Itália. Jogando em Parma, o confronto que reeditava a final da Copa de 2006 terminou desta vez à favor da França. 2x1 para os franceses.


Entrava o presente ano de 2013. Um novo amistoso contra a Alemanha seria realizado em Fevereiro. Só que dessa vez a vitória foi alemã, 2x1. Vingança da derrota no amistoso do ano anterior.


Mas o que realmente interessava eram as Eliminatórias, em Março. A França lançava um terceiro uniforme, azul-claro, diferente do azul mais escuro do uniforme tradicional. Outro belo uniforme da Nike. A estreia da nova camisa deu sorte: vitória de 3x1 sobre a Geórgia em casa com gols de Valbuena, Giroud e Ribéry. A França terminava o 1o turno de seu grupo na liderança, graças a um empate da Espanha com a Finlândia.



Três dias depois, começava o returno. E logo contra a Espanha, em casa. Uma vitória praticamente definiria a classificação direta para a Copa de 2014. Uma excelente oportunidade. Porém, mesmo tendo criado boas chances, a França não conseguiu superar mais uma vez o estilo tiki-taka espanhol e perdeu por 1x0, gol de Pedro. A situação começava a ficar difícil.



As Eliminatórias só voltariam em Setembro. Então era hora de amistosos para deixar o time mais preparado. E a França viajou até a América do Sul. Enfrentou o Uruguai, que estava numa situação complicada nas Eliminatórias Sul-Americanas. Vitória da Celeste Olímpica por 1x0 em Montevidéu


As duas derrotas traziam questionamentos sobre a qualidade da Seleção Francesa. Mesmo com bons jogadores como Franck Ribéry, que estava em ótima fase no seu clube, o Bayern de Munique, além de nomes como Valbuena, Benzema, Giroud e tantos outros, o medo de um vexame maior que o da eliminação na fase de grupos da Copa de 2010 começava a pairar em cima da cabeça dos franceses. Aliás, a França só entrou na Copa da África do Sul por causa de um erro de arbitragem que validou um gol irregular onde a bola tocou na mão de Thierry Henry, hoje em fim de carreira nos Estados Unidos. Não seria surpresa se esse time francês ficasse de fora de sua primeira Copa depois de 20 anos.

O próximo adversário dava uma leve ponta de esperança para os franceses. Afinal, o Brasil não vencia a França desde 1992. E desde então vieram empates e vitórias históricas francesas, como a final de 1998 e as quartas de 2006. E a Seleção Brasileira estava desacreditada, mesmo na véspera da Copa das Confederações. Mas como futebol se decide em campo, naquele dia em Porto Alegre, vitória brasileira por 3x0 (e ainda cabia mais gols). O Brasil ainda ganharia a Copa das Confederações, resgatando a confiança de seu torcedor. Enquanto a França só atraía mais desconfiança, e com razão.


Em Agosto, a França enfrentava uma das grandes sensações europeias do momento, a Bélgica. Conseguiu segurar um empate em 0x0 jogando em Bruxelas. Mas o que importava viria no mês seguinte, um jogo teoricamente fácil, contra a Geórgia fora. Para se manter viva na luta por uma vaga direta na Copa, era necessário vencer esse jogo. E, para a tristeza dos franceses, um empate broxante por 0x0 foi o placar final naquele dia em Tblisi.


A Espanha ganhou da Finlândia e com isso isolava-se na liderança do grupo, praticamente tirando todas as chances da França conseguir a vaga direta. A vitória contra Belarus, por 4x2, em Minsk, foi essencial para que os franceses garantissem pelo menos a vaga na repescagem.


Antes do último jogo da fase de grupos das Eliminatórias, a França jogou um amistoso contra a Austrália, que já estava confirmada na Copa através das Eliminatórias Asiáticas. Um passeio: 6x0.


Enfim, chegava o último jogo. A Espanha já estava classificada para a Copa, mas mesmo assim ganhou o seu compromisso contra a Geórgia. Já com a cabeça na repescagem, a França venceu facilmente a Finlândia, que já não brigava por mais nada. 3x0


Dependendo do sorteio das partidas da repescagem, a França poderia ter trabalho, já que poderia enfrentar times como Portugal. A Ucrânia foi recebida com um pouco de alívio, afinal o time ucraniano já não era tão forte como em 2012. Mas no primeiro jogo a Seleção Francesa voltou a assustar seu torcedor, e a Ucrânia ganhou de 2x0 em Kiev com facilidade espantosa. Seria a vingança pela Euro 2012?


Visto a facilidade com que a Ucrânia venceu a França, muitos já começaram a descartar a vinda dos "Bleus" para o Brasil. Reverter 2x0 não seria fácil, e mesmo jogando em casa esse time da França não era confiável. Talvez por uma questão de peso de camisa, talvez por vergonha na cara dos jogadores, a França foi muito superior à Ucrânia no jogo de volta, em Paris. Conseguiu reverter o resultado, fazendo 3x0. E se levasse um gol, estaria fora, já que há o critério do gol marcado fora de casa. Muitos fatores construiram essa vitória importante: a atitude dos jogadores franceses, que pressionaram o jogo todo; a apatia do time ucraniano, que visivelmente entrou de salto alto; e, como em 2010, a arbitragem, que validou o 2o gol francês que foi em posição de impedimento e expulsou (justamente) um jogador da Ucrânia. A França, enfim, estava na Copa de novo!


Esse jogo foi a última vez que a França usou o uniforme azul lançado no princípio de 2012. No mesmo dia da partida, já foi revelado qual vai ser a nova camisa que os franceses utilizarão em solo brasileiro, pelo visto, mais um ótimo trabalho da Nike (provavelmente mais um uniforme da França para a Mantoteca).





E por ora é só. O post homenageando a Croácia virá na parte 2 e contará um pouco mais sobre campanha croata na Euro 2008 e a tentativa frustrada de se classificar para a Copa de 2010.
Até lá!