Como alguns frequentadores do blog já sabem, os focos principais do acervo da Mantoteca são Alemanha, Bayern e Flamengo. A primeira Análise Mantoteca foi realizada semana passada com a nova camisa do rubro-negro da Gávea, confira aqui. Agora, mais uma camisa da Adidas chegou à coleção: o novo uniforme do Bayern de Munique para a temporada 2016/17.
A Adidas Brasil está de parabéns: disponibilizou o uniforme para venda logo na semana de lançamento mundial. Até ano passado, os uniformes demoravam, em média, um mês para serem vendidos no Brasil pela fornecedora. Logo ao abrir o pacote, a surpresa: uma etiqueta em cima do logo da marca alemã informava que o uniforme era feito de poliéster reciclado. E realmente o tecido da camisa é mais leve e um pouco mais áspero que outras camisas da marca, incluindo as atuais da Alemanha e do Flamengo. Também é similar aos uniformes da Nike que eram feitos com poliéster reciclado de garrafas PET.
O que também chama muito a atenção é a similaridade com outra camisa utilizada pelo time bávaro há 11 anos atrás. Em 2005, primeira temporada onde o time jogaria na Allianz Arena, a Adidas confeccionou um uniforme estilo retrô para aquela temporada, depois de camisas com desenhos ousados como a anterior de 2003, estilo Arsenal. A camisa de 2005 era tão clássica que até a góla polo usada naquela época é parecida com a que está sendo usada na camisa nova. Outro detalhe é a ausência das 3 listras nas mangas, sendo que elas não estão em lugar nenhum (na UCL foi usada uma versão com as listras). Na camisa nova, como na maioria das indumentárias da marca para 2016, as listras estão discretamente assentadas nas laterais. Abaixo, o uniforme de 2005:
Na camisa atual, há listras horizontais finas em outro tom mais forte de vermelho dando um aspecto mais formal. E como na maior parte da linha da Adidas para 2016, o comprimento das mangas diminuiu, depois de anos de reclamações de alguns colecionadores a respeito (as camisas que levam listras nos ombros continuam com as mangas mais compridas). Outro detalhe que não se vê na camisa, mas no uniforme completo, é o regresso aos calções brancos depois de anos usando vermelho. Coincidentemente, o último kit que tinha os shorts brancos é o citado acima, de 2005.
Ao contrário do uniforme do Flamengo, não há um tecido extra isolando as 3 listras do resto da camisa, como também ocorre nos dois modelos atuais da Alemanha. E como virou hábito desde a indumentária de 2011, o lema "Mia san Mia" ("somos o que somos", frase em dialeto bávaro traduzida para o português) continua estampado na parte traseira da gola. A fonte de numeração continuará a mesma usada desde 2006 (já estava na hora de renovar) e nos jogos da Bundesliga o clube utilizará um patch na manga direita homenageando as 25 conquistas do torneio alemão (desconsiderando o título alemão de 1932, anterior à 1963, quando houve a mudança para os pontos corridos e a fundação da Bundesliga).
Gostei bastante do novo uniforme do Bayern, que substitui a bela camisa que o time usou no último ano. Ela estreou na última rodada da Bundesliga 2015/16 contra o Hannover 96, num jogo vencido pelo mandante bávaro por 3x1 e marcado pela entrega da Salva de Prata ao time que havia se consagrado campeão uma rodada antes. Será usado na final da Copa da Alemanha contra o Borussia Dortmund, no próximo sábado, e será o primeiro uniforme do time comandado por Carlo Ancelotti, depois de 3 anos treinado pelo catalão Pep Guardiola, além de reforços como o zagueiro Mats Hummels que retornou ao clube depois de anos defendendo o supracitado Dortmund e da promessa portuguesa Renato Sanches. Veremos se essa será uma camisa do Bayern que entrará para a história, beleza para isso ela já tem.
quarta-feira, 18 de maio de 2016
quinta-feira, 12 de maio de 2016
ANÁLISE MANTOTECA - Camisa do Flamengo 2016
Olá a todos!
Como ultimamente não venho falando muito sobre as camisas da minha coleção (motivo de ter iniciado o site), decidi inaugurar uma nova seção: a Análise Mantoteca. Aqui, farei a análise dos uniformes que compro, até mesmo para prestar um serviço aos amigos colecionadores. Começarei com a nova camisa titular do Flamengo, lançada nesta semana.
O Flamengo é um dos meus três focos principais de coleção (junto com Alemanha e Bayern), por isso quase sempre tento adquirir suas camisas no lançamento, salvo algumas poucas exceções. Dessa vez não teve jeito: a Adidas usou o clássico desenho de listras largas lançado por ela mesma em 1980 e eternizado pela fase mais importante da história do time, no início daquela década. A Nike também recorreu a esse desenho em 2007, sendo considerado um dos uniformes mais bonitos que a marca americana fez para o rubro-negro. A Olympikus também fez sua versão da camisa em 2012, mas não teve o mesmo sucesso que a versão de 5 anos atrás.
Um fator criticado intensamente na nova camisa do Flamengo são as laterais pretas contendo as 3 listras icônicas da Adidas, o que interrompe a continuidade das listras horizontais. A Nike cometeu o mesmo erro em 2007, só que usando laterais vermelhas (mais discretas). A Olympikus já acertou nesse aspecto, embora as listras das mangas não fechassem em contraste. Mas se as listras nos ombros impediriam que a manga fosse listrada, talvez a ausência dessas grandes laterais pretas, deixando só as 3 listras, já amenizaria um pouco o desenho. A camisa reserva atual da Alemanha também é listrada, mas reparem que as listras horizontais só param nas 3 listras da marca, vide foto abaixo:
A versão que peguei é a Climacool. As versões Adizero (de jogador) dos uniformes Adidas 2016/17 estão vindo com um tecido especial transpirável nas costas, com faixas verticais (vide essa imagem). Elas devem contrastar com as listras horizontais rubro-negras, mas infelizmente não consegui imagens dessa versão do novo uniforme flamenguista. E as mangas, que na versão Climacool possuem um tecido transpirável na parte inferior, são fechadas na Adizero. Será que as listras das mangas na camisa de jogador não serão interrompidas? Abaixo, detalhes do tecido que interrompe as listras na manga e as costas da camisa Climacool, com um tecido mais convencional.
O "CRF" é bordado de forma sutil, letra por letra, ao contrário da Nike que bordava um patch na forma das letras (na versão de jogador o escudo era adesivado) e da Olympikus, que fazia o mesmo. Na gola, um detalhe em rubro-negro presente na linha atual da Adidas: detalhes similares estão nas camisas atuais de clubes e seleções fornecidas pela marca alemã. Senti falta de alguma frase inserida nessa parte da camisa, do mesmo jeito que em 2015 colocaram uma frase dizendo "Manto Sagrado" na mesma região. São detalhes que o torcedor gosta. Abaixo, fotos do escudo e do detalhe na gola.
O selo de autenticidade continua preso na gola próximo à manga esquerda. Com as réplicas do AliExpress, é sempre necessário conferir o selo (embora no caso tivesse certeza que a camisa era original - afinal, foi comprada na loja da própria Adidas). No selo existe um código e a data de fabricação do produto (no caso, Fevereiro de 2016 - dessa vez conseguiram segurar a foto do modelo até pouco antes do lançamento), e é isso que confere autenticidade ao uniforme. As réplicas asiáticas também copiam a etiqueta ultimamente, mas geralmente ela vem borrada ou com erros.
O preço é salgado: 250 reais, que a Adidas já está praticando nas camisas das suas seleções desde Dezembro do ano passado. Mas as marcas concorrentes como Nike e Umbro também estão pedindo preços similares. O colecionador de camisas ultimamente não vem tendo vida fácil com o constante aumento dos preços e alguns até se desvirtuam dando preferência às réplicas que estão cada vez mais fiéis, ou senão aguardando as promoções quando o uniforme sai de linha.
Lembrando que essa camisa até agora está sendo vendida sem nenhum patrocínio, já que foi fabricada antes de o Flamengo acertar sua renovação com a Caixa. Mas as próximas remessas já deverão vir com o patrocínio na frente e talvez atrás, pois o clube está quase fechando outro patrocinador para as costas. Para quem gosta de camisas sem patrocínio, como eu, vale a pena passar o cartão. Nunca se sabe.
Essa foi a primeira Análise Mantoteca. Em breve farei mais análises das aquisições que entram na coleção! Aguardem!
Como ultimamente não venho falando muito sobre as camisas da minha coleção (motivo de ter iniciado o site), decidi inaugurar uma nova seção: a Análise Mantoteca. Aqui, farei a análise dos uniformes que compro, até mesmo para prestar um serviço aos amigos colecionadores. Começarei com a nova camisa titular do Flamengo, lançada nesta semana.
O Flamengo é um dos meus três focos principais de coleção (junto com Alemanha e Bayern), por isso quase sempre tento adquirir suas camisas no lançamento, salvo algumas poucas exceções. Dessa vez não teve jeito: a Adidas usou o clássico desenho de listras largas lançado por ela mesma em 1980 e eternizado pela fase mais importante da história do time, no início daquela década. A Nike também recorreu a esse desenho em 2007, sendo considerado um dos uniformes mais bonitos que a marca americana fez para o rubro-negro. A Olympikus também fez sua versão da camisa em 2012, mas não teve o mesmo sucesso que a versão de 5 anos atrás.
Um fator criticado intensamente na nova camisa do Flamengo são as laterais pretas contendo as 3 listras icônicas da Adidas, o que interrompe a continuidade das listras horizontais. A Nike cometeu o mesmo erro em 2007, só que usando laterais vermelhas (mais discretas). A Olympikus já acertou nesse aspecto, embora as listras das mangas não fechassem em contraste. Mas se as listras nos ombros impediriam que a manga fosse listrada, talvez a ausência dessas grandes laterais pretas, deixando só as 3 listras, já amenizaria um pouco o desenho. A camisa reserva atual da Alemanha também é listrada, mas reparem que as listras horizontais só param nas 3 listras da marca, vide foto abaixo:
A versão que peguei é a Climacool. As versões Adizero (de jogador) dos uniformes Adidas 2016/17 estão vindo com um tecido especial transpirável nas costas, com faixas verticais (vide essa imagem). Elas devem contrastar com as listras horizontais rubro-negras, mas infelizmente não consegui imagens dessa versão do novo uniforme flamenguista. E as mangas, que na versão Climacool possuem um tecido transpirável na parte inferior, são fechadas na Adizero. Será que as listras das mangas na camisa de jogador não serão interrompidas? Abaixo, detalhes do tecido que interrompe as listras na manga e as costas da camisa Climacool, com um tecido mais convencional.
O "CRF" é bordado de forma sutil, letra por letra, ao contrário da Nike que bordava um patch na forma das letras (na versão de jogador o escudo era adesivado) e da Olympikus, que fazia o mesmo. Na gola, um detalhe em rubro-negro presente na linha atual da Adidas: detalhes similares estão nas camisas atuais de clubes e seleções fornecidas pela marca alemã. Senti falta de alguma frase inserida nessa parte da camisa, do mesmo jeito que em 2015 colocaram uma frase dizendo "Manto Sagrado" na mesma região. São detalhes que o torcedor gosta. Abaixo, fotos do escudo e do detalhe na gola.
O selo de autenticidade continua preso na gola próximo à manga esquerda. Com as réplicas do AliExpress, é sempre necessário conferir o selo (embora no caso tivesse certeza que a camisa era original - afinal, foi comprada na loja da própria Adidas). No selo existe um código e a data de fabricação do produto (no caso, Fevereiro de 2016 - dessa vez conseguiram segurar a foto do modelo até pouco antes do lançamento), e é isso que confere autenticidade ao uniforme. As réplicas asiáticas também copiam a etiqueta ultimamente, mas geralmente ela vem borrada ou com erros.
O preço é salgado: 250 reais, que a Adidas já está praticando nas camisas das suas seleções desde Dezembro do ano passado. Mas as marcas concorrentes como Nike e Umbro também estão pedindo preços similares. O colecionador de camisas ultimamente não vem tendo vida fácil com o constante aumento dos preços e alguns até se desvirtuam dando preferência às réplicas que estão cada vez mais fiéis, ou senão aguardando as promoções quando o uniforme sai de linha.
Lembrando que essa camisa até agora está sendo vendida sem nenhum patrocínio, já que foi fabricada antes de o Flamengo acertar sua renovação com a Caixa. Mas as próximas remessas já deverão vir com o patrocínio na frente e talvez atrás, pois o clube está quase fechando outro patrocinador para as costas. Para quem gosta de camisas sem patrocínio, como eu, vale a pena passar o cartão. Nunca se sabe.
Essa foi a primeira Análise Mantoteca. Em breve farei mais análises das aquisições que entram na coleção! Aguardem!
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