Essa semana a canadense DryWorld lançou seus uniformes para o Atlético Mineiro, recheados de muita expectativa, além da apresentação do jogador Robinho, os torcedores do Galo queriam ver se a marca nova, que também fornecerá Fluminense e Goiás (e provavelmente o Santa Cruz), poderia fazer um trabalho mais satisfatório do que a Puma, fornecedora alvinegra entre 2014 e 2015. Mas...
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Pois é. Um velho problema voltou a aparecer na camisa do Galo. A numeração foi colocada num box branco gigantesco, e as costas da camisa titular foram alisadas, sem as tradicionais listras alvinegras, o que já tinha ocorrido ano passado com a Puma. Muitos atleticanos queixaram-se da displicência das marcas para colocar sua numeração nas costas da camisa, lembrando até que o time mineiro tradicionalmente utiliza uma fonte vermelha, o que dispensa o alisamento das costas ou a abertura de um box para a visibilidade do número. A última marca que usou a tradicional numeração avermelhada foi a Topper em 2011, com um resultado agradável.
A Adidas na sua linha 2016, em suas camisas Adizero (modelo de jogador), possui um tecido respirável que fica nas costas, como visto acima na interessante camisa suplente da equipe americana Portland Timbers. Na mesma foto pode-se ver o inconveniente do tecido: a camisa é totalmente alisada no local, formando um gigantesco espaço liso. Torcedores do Flamengo e do Sport de Recife, times da fornecedora alemã no Brasil, já podem começar a se preocupar: a probabilidade de uma camisa lisa nas costas para os dois rubro-negros é alta (sendo que o time pernambucano já teve as costas alisadas na camisa de 2015). A dúvida também paira sobre outros times listrados, como Milan e Juventus, embora já sabemos que a camisa da Argentina (pelo menos na versão Climacool - de torcedor) terá as costas listradas.
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Porém, existem camisas onde o box de numeração acaba se saindo como um detalhe interessante na indumentária do time. A camisa acima do Newcastle United de 1997 utiliza o formato do próprio escudo como caixa. Solução que já foi adotada aqui no Brasil especialmente pela Ponte Preta. Além disso, outros times também encontraram saídas curiosas para as caixas de numeração. É o caso do Eintracht Frankfurt com a Jako em 2012, com um quadrado preto com a marca d'água de uma águia, o mascote do time. Convenhamos que nem precisava, já que a numeração branca na camisa vermelha e preta é visível até para o mais cego dos comentaristas.
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Na década passada, a UEFA foi impiedosa com a visibilidade da numeração. Os gigantes europeus, como o Barcelona de 2008/09 acima, tiveram que lançar versões "modificadas" de suas indumentárias. E simplesmente acometeu todos os times listrados da competição, desde os que realmente precisam de um box de numeração, como a Juventus, até uniformes onde o alisamento das costas é completamente desnecessário, como o Barça acima, o Milan e a Inter de Milão. Ultimamente a UEFA está mais tolerante, apenas pedindo visibilidade nas camisas que realmente precisam do recurso, como a camisa reserva do Barcelona nesta temporada, que possui listras nas costas que dificultam de verdade a legibilidade do número.
Uma das maiores críticas às gigantes do fornecimento esportivo, como Adidas e Nike, diz respeito sobre a falta de esmero nos templates. A maioria das camisas listradas das duas marcas, especialmente as de template pronto (as famosas "Teamwear", encontradas em qualquer loja de material esportivo), estão vindo com as costas lisas. Vimos acima que não é necessário apagar as listras de todas as camisas, e que também não é obrigatório usar soluções esdrúxulas para exibir a numeração, caso da camisa do Galo no começo do post. Esperamos que as fornecedoras voltem a valorizar mais a tradição de certos uniformes, já que o futuro aparentemente aponta para um futebol mais monocromático e com menos cores (o que será falado aqui em outro post).
Complicado... as fornecedoras não estão respeitando a história dos clubes e tiram a beleza de seus uniformes
ResponderExcluirTambém tem casos em que mesmo com o box, os números continuam ilegíveis, como o Stoke City e o Athletic Bilbao na Liga Europa da temporada 2011-12.
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