domingo, 11 de maio de 2014

[Série Copa do Mundo 2014] França 2011 - Novos horizontes

Ok... voltamos à nossa programação normal.
Depois da Suíça, deveria falar do Equador, a outra seleção do Grupo E. Mas como não possuo nenhuma camisa do time sulamericano, pulo para o outro time do grupo: a Campeã Mundial de 98, França!



O modelo que apresento hoje é um dos uniformes mais peculiares que "Les Bleus" já usaram. Mais do que isso, marcava a estreia da Nike como fornecedora do time francês depois de quase quatro décadas vestindo Adidas. Era estranho ver a França sem as três listras da Adidas no ombro, ainda mais depois de uniformes icônicos como o da Euro 1984, o da Copa de 1998 (inspirado no anterior citado) e o da Euro 2000, os três títulos mais importantes da seleção. Até a Copa de 2010, onde a França amargou o vexame de ser eliminada na fase de grupos do torneio, as três listras ainda estavam presentes no uniforme francês. Mas já se sabia, naquela época, que o reinado dos alemães acabaria naquele ano. O contrato com a Nike já estava fechado desde 2009 e no início de 2011 finalmente conheceríamos os novos uniformes da França, já sem a "eterna" Adidas.



O uniforme branco listrado de azul da Mantoteca é o uniforme reserva que foi lançado naquele início de ano. Como era moda nas camisas da Nike naquela época, havia uma mensagem na parte de dentro do escudo dizendo "Nos Differences Nous Unissent", traduzindo, "nossas diferenças nos unem".



Se o uniforme reserva daquele ano mostrava uma elegância que é símbolo da França, o uniforme titular também não ficava atrás. Com sua grande góla pólo e suas mangas dobráveis (vermelhas por dentro e azuis por fora), a nova camisa titular era também discreta e charmosa, ao contrário do último modelo feito pela Adidas, com grafismos bem indiscretos, mas interessantes. A Nike chegava com tudo.

A estreia do uniforme novo da Nike foi num amistoso em Paris, contra o Brasil, em Fevereiro de 2011. Assim como na final da Copa de 98, os franceses mantiveram a escrita de nunca perder para os brasileiros desde 1992 (série que seria interrompida no ano passado), 1x0 com gol do artilheiro Benzema.

A camisa nova também entrava junto com a França nas eliminatórias da Euro 2012, que haviam começado no final de 2010. Ainda com a camisa anterior, os franceses estrearam com uma derrota surpreendente para a Bielorrússia em Paris por 1x0, mas deram a volta por cima após vencerem a Bósnia por 2x0 em Sarajevo, e também Romênia e Luxemburgo, ambos em território francês e também pelo mesmo placar de dois gols a zero.

Em 25 de Março de 2011, a França voltava a encarar a fraca seleção de Luxemburgo, dessa vez usando o uniforme novo da Nike. Ganhou novamente de 2x0, gols de Mexés e Gourcuff, jogando no pequeno Grão-Ducado. Mas, na estreia do uniforme reserva retratado aqui em outro jogo qualificatório, tropeçaria novamente na Bielorrússia, dessa vez jogando na fria cidade de Minsk. Abidal marcou contra e Malouda dois minutos depois empatou a partida. Abaixo, uma foto da partida, do site sulekha.com.



Adversária que ainda não tinha sido enfrentada ainda no grupo, a Albânia encararia os franceses em Setembro de 2011. Jogando na capital Tirana, Benzema e M'Vila abriram rapidamente o placar em 2x0 para os "Bleus". No início do 2o tempo, Bogdani diminuiria, mas ficaria por isso mesmo. Mais uma vitória francesa, que já começava a ser ameaçada na liderança de seu grupo pela Bósnia, cada vez mais embalada. Dias depois, a França tropeçaria novamente, só que dessa vez na Romênia. O empate em 0x0 em Paris e a vitória dos bósnios sobre a Bielorrússia deixava o time da ex-Iugoslávia encostado nos franceses por apenas um ponto.

 A França tinha que ganhar da Albânia para continuar isolada na liderança. Outro empate poderia deixar a Bósnia ultrapassar os franceses na classificação e jogá-los para a repescagem, caso vencessem o jogo deles. A França fez sua parte: em Paris, já em Outubro de 2011, fez um fácil 3x0 com gols de Malouda, Remy e Reveillere. A Bósnia também: enfiou 5x0 em Luxemburgo na partida disputada em Sarajevo. Os dois se enfrentariam na próxima e última rodada, decidindo diretamente a classificação. As outras seleções do grupo já não tinham mais chances de classificarem-se.

A Bósnia chegou a Paris realmente mostrando que queria classificar-se sem encarar a repescagem. O atacante do Manchester City, Edin Dzeko, abriu o placar aos 40 minutos da primeira etapa, remetendo os franceses a episódios recentes nada agradáveis, como a eliminação precoce na Copa do Mundo de 2010 e até mesmo outros capítulos anteriores de fracassos em casa, como na derrota para a Bulgária nas eliminatórias da Copa de 1994. O pânico continuou até os 33 minutos do 2o tempo, quando a França teve um pênalti a seu favor. Samir Nasri, parceiro de Dzeko no City, empatou o jogo. O resultado era favorável aos franceses. E mesmo com o medo de surgir um novo Ginola que entregasse a bola do jogo no último minuto, acabaria tudo igual: 1x1 e França classificada para tentar o Tricampeonato Europeu.


A Bósnia foi para a repescagem, mas não conseguiu deter Portugal e Cristiano Ronaldo. Segurou um empate sem gols em casa, mas levou um massacre de 6x2 em Lisboa, com dois gols do consagrado camisa 7. Apesar da eliminação, os bósnios que fizeram uma surpreendente campanha conseguiriam vir para o Brasil, mas essa seria outra história...

As primeiras camisas da Nike para a França tiveram vida curta. Já no início de 2012, a branca foi substituida por outra, também bastante elegante. A titular azul foi substituída por um interessante modelo, que usava detalhes dourados, porém possuía pouquíssimos detalhes vermelhos. O calção e as meias desse novo kit titular eram azuis também, o que gerou críticas imensas, já que a França tradicionalmente usa o calção branco e as meias vermelhas, formando as 3 cores da bandeira no conjunto. Mas o uniforme era belo. Tão belo que veio parar aqui na Mantoteca também, ó:


A França fracassaria na sua tentativa de tricampeonato em 2012 (a Espanha é que conseguiria o feito). O resto da história já é mais atual: suou nas eliminatórias para o Brasil, classificando-se nos playoffs contra a Ucrânia, mostrando que ainda é uma seleção limitada, apesar de sua tradição. Mas na Copa do Mundo nunca se sabe.

Até a próxima!

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